Indústria que faz raiz virar dinheiro
Publicado em 16/07/2020
Fábricas produzem amidos alimentícios e modificados para branqueamento de papel
“A mandioca é uma cultura que reduz a dependência na produção de grãos e é fonte de diversificação e renda que dá segurança e contribui para melhorar qualidade de vida no campo.” O comentário é do presidente da C.Vale, Alfredo Lang, ao falar da importância das indústrias de processamento de raiz de mandioca de Navegantes, município de Assis Chateaubriand, e de São José, em Terra Roxa, ambas no oeste do Paraná.
Inaugurada em agosto de 2002, a amidonaria de Navegantes implantou tecnologias inovadoras, que compreendem a separação da área suja da área limpa e instalações em aço inoxidável. O mesmo processo é utilizado na indústria de São José, Terra Roxa (PR).
As indústrias são modelos a serem seguidos no Brasil. Hoje, 69% da produção da cooperativa é de amido modificado, que, basicamente, é usado nas indústrias de papel e alimentícia. A Amidonaria Navegantes possui as certificações Kosher e ISO 9001-2015. As certificações atestam a qualidade e segurança dos processos, produtos e serviços da indústria.
Meio ambiente
A alta tecnologia das amidonarias também está aliada aos cuidados com o meio ambiente. As indústrias da cooperativa se utilizam do biogás. O gás metano gerado no tratamento de efluentes industriais é aproveitado na produção de energia. O uso do biogás significa economia de 75% no consumo de lenha.
Produção
Em 2019, mesmo com a estiagem prolongada, as amidonarias processaram 101 mil toneladas de raiz. As indústrias contam com mais de 120 profissionais, que são os responsáveis por receber e transformar a matéria prima entregue pelos 150 produtores de raiz de mandioca da cooperativa.
Raio X
Amidonarias C.Vale
101.087 ton recebidas em 2019
150 produtores
122 funcionários
20 municípios do oeste do PR