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Profissão C.Vale: Zeladora

Publicado em 02/09/2019

A C.Vale conta com 137 zeladoras. Elas são as guardiãs do patrimônio e da limpeza. O cafezinho é o elo entre a organização e o bom atendimento

 

O cheirinho de café coado na hora se espalha pelos corredores da cooperativa como se cumprimentasse com um saudoso bom dia todos que abrem a porta. É cheiro de aconchego, de carinho, de receptividade. Tem gente que vem de longe para tomar o cafezinho na C.Vale. Atestam que é o melhor. A receita vai muito além do pó de café, açúcar e água. Ali é colocado uma dose generosa de amor e carinho.

Mas para tudo estar limpinho e organizado antes da chegada dos demais colegas de trabalho e clientes, o batalhão das boas vindas, munido de rodos, panos e produtos de limpeza, entra em ação nas primeiras horas da manhã, intervalo de almoço e final de expediente. É um trabalho silencioso e cheiroso. Muitos só percebem a transformação diária quando uma delas falta. O reconhecimento, mesmo que singelo, é gratificante. Um simples sorriso ou um olhar afetuoso já deixam as guardiãs do patrimônio e da limpeza cheias de motivação e renovadas para mais um dia perfumado de boas-vindas.

 

Vai um cafezinho

Dona Quitéria Aparecida Lubian é uma das 137 zeladoras da cooperativa. Ela já passou por vários setores da zeladoria. Mas há 10 anos é a responsável pelo embriagante cheirinho de café. Diariamente faz 75 litros de café, 30 de chá e 30 litros de leite para todos os setores da sede da C.Vale, em Palotina (PR). A cozinha parece um mostruário de loja com mais de 110 garrafas enfileiradas. Para facilitar o trabalho, uma máquina industrial de café foi colocada em operação. “Adoro meu trabalho. Tudo aqui cheira gratidão. Só na cooperativa são 16 anos. É minha segunda casa. Tudo que temos, devemos a ela”, diz a esposa do seu Nelson que trabalha há 38 anos na C.Vale.  Ela afirma que o amor e o carinho realçam o sabor. “Esse é um ingrediente que não pode faltar em nada que fazemos”, ensina.

 

Generosidade

“Tenho orgulho da minha profissão. Gosto do que faço e me esforço para deixar tudo arrumadinho, limpinho para que os demais colegas também possam fazer bem o seu trabalho”, resume a mineirinha Maria Generosa Jaques da Costa Lagasse. Dona Generosa, como é conhecida, carrega no nome a essência de sua personalidade. Não consegue dizer não, e a simpatia é seu cartão de visita. Só na C.Vale são 25 anos de bom atendimento. Já passou por vários setores, mas hoje é zeladora na ala da diretoria, na sede. “Tem que ter muita responsabilidade, cuidado com papéis e documentos. Limpar sem mexer. Lixo só vai para o lixo o que estiver dentro do cesto”, relata. Sempre que entra uma novata é dona Generosa a tutora. “Não sou chefe de ninguém, mas quando pedem, estou sempre pronta”.

 

Organização

O ato de coar o café, tirar a poeira do mobiliário, recolher lixo, limpar banheiros e salas, contribuiu para o resultado final. Marineide Brites Vogado, trabalha há 6 anos na unidade de Amambaí, no Mato Grosso do Sul. Para ela o conjunto de ações faz a diferença.  “Todo mundo gosta de ser atendido num local limpo, organizado e cheiroso. Procuro dar o meu melhor para que os meus colegas também possam dar o seu melhor”. Marineide revela que tanto o elogio quanto a crítica são bem-vindos. “Ambos nos fazem melhorar, crescer”.   

 

Respeito

A ação sincronizada de organização acontece rotineiramente em todas as unidades da cooperativa.  Na sede, por ter vários setores, as zeladoras são dividias por áreas. Já nas unidades elas fazem de tudo, do cafezinho a limpeza. “Adoro trabalhar aqui. Entre C.Vale e Marasca são 16 anos nesse oficio. As pessoas respeitam e valorizam meu trabalho”, resume Elenara Inês dos Santos Sandri, zeladora da unidade de Bozano, no Rio Grande do Sul. Dona Nara, como é conhecida, diz que toda segunda-feira faz uma programação para a semana. “Algumas coisas são rotinas, outras, como lavar vidro, cortinas, calçadas entram num cronograma”.