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Diversificação abre novas perspectivas a agricultores familiares

Publicado em 18/07/2019

 

“Vergonha não é começar pequeno. Vergonha é ficar parado, não querer crescer.” O pensamento de Christihan Wutzke, de Santa Rita, município de Terra Roxa (PR), resume a trajetória de uma família de associados da C.Vale que aproveitou as oportunidades de diversificação criadas pela cooperativa para vencer as dificuldades de sobrevivência típicas de pequenos produtores rurais.

O pai Edegar conta que começou a vida com os 10 hectares recebidos de herança. “Uma vida meio dura, né. Falei ‘pra’ Ilinir que a gente tinha que dar um futuro melhor aos filhos. Então construímos um aviário pequeno”, conta.  Ele lembra que no início da atividade, em 2003, as duas primeiras safras foram prejudicadas pelo clima e a avicultura garantiu o estudo dos filhos, a manutenção da casa e cobriu as despesas da lavoura.

Gabriel, o filho mais novo, tinha apenas dois anos na época. Desde então, a família aumentou o número de aviários para três de grande capacidade de alojamento, dedicou-se à suinocultura e à produção de peixes e feno. Ele se formou em técnico agrícola e está cursando Agronomia para permanecer na propriedade. Enquanto isso, o irmão Christihan casou-se com Ililian e a família cresceu com a chegada de Esther. O mais velho dos filhos assumiu a atividade mais recente dos Wutzke. Eles passaram a fazer parte do sistema de integração de peixes criado pela C.Vale. “Se fosse só lavoura, a terra não seria suficiente para manter uma família. Hoje temos casa boa, carro bom”, confessa, acrescentando que a renda das atividades alternativas permitiu, ainda, a compra de mais 12 hectares de terra em 2018.   

Empolgados com os resultados, os Wutzke planejam ampliar a produção de 500 para 1.500 suínos por lote, aproveitando a assistência técnica da C.Vale e a industrialização da carne pela Frimesa. Já a produção de tilápias vai passar de 30 para 60 toneladas por lote. Assim como fizeram os pais ao investir pensando nos filhos, Christihan acredita que a renda vai permitir a permanência da pequena Esther na propriedade. “O sonho é ter ela junto, que continue a tocar a granja ‘pra’ frente”, confessa, enquanto a vó acaricia a neta.    

 

 

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