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DIVERSIFICAÇÃO: Negócio profissionalizado

Publicado em 18/01/2022

Família Ludewig aposta na eficiência da gestão para conduzir avicultura

A C.Vale recém estava dando início a seu sistema de integração de frangos quando a família Ludewig decidiu construir dois aviários com capacidade para 24 mil frangos cada. Detlef Ludewig, um descendente de alemães morador de Linha Chapecó, interior de Maripá (PR), disse aos filhos que era necessário buscar outra fonte de renda. Na época, 1998, o patriarca da família tinha 58 anos e compreendia que, com 50 hectares, não dava para ficar dependente apenas dos grãos. “A gente tinha máquina para pouca lavoura. Eu falei pra eles que a gente tinha que diversificar porque a área era muito pequena”, explica o produtor. O gosto pela avicultura e os bons resultados da atividade levaram a família a ampliar a produção com a construção de outros seis aviários.

 

Vinte e três anos se passaram desde o início das atividades com frango e, nesse período, a família combinou a oportunidade com a necessidade. A renda gerada pelos frangos permitiu aos filhos Dalton e Divo trocar a farda de policiais rodoviários após a aposentadoria pelas botas de borracha para frequentar os oito aviários climatizados que garantem ambiente ameno frente às altas temperaturas do oeste do Paraná. “Se não fossem os aviários, talvez a gente nem estivesse aqui. A família ficou mais próxima com a avicultura”, conta Dalton. Ele se ocupa da parte operacional da produção enquanto o irmão Divo se encarrega das tarefas administrativas. Detlef, agora com 81 anos, passou o bastão aos filhos, mas os três se reúnem com frequência para tratar das tarefas que envolvem a avicultura. “Você tem que pagar bem os funcionários para que eles trabalhem satisfeitos. E tem que se profissionalizar na atividade”, ensina.

 

PROFISSIONALIZAÇÃO

Bastante respeitosos no tratamento com o pai Detlef e com a mãe Candinha, os filhos ouvem e concordam. “Não dá ‘pra’ fazer mais ou menos. Você não prospera se não fizer bem feito”, assegura Dalton, o mais velho. A médica veterinária da C.Vale, Anete Rorig, acompanha a conversa  à sombra de um vistoso pé de manga numa manhã mormacenta de primavera e confirma que a família é bastante dedicada à avicultura. “Eles acompanham detalhadamente os trabalhos, se comprometem com a atividade e estão sempre adaptando o manejo às inovações tecnológicas”, garante.

O investimento mais recente dos Ludewig é uma usina de energia fotovoltaica. “A gente tem que buscar a eficiência, reduzir os custos”, explica Divo, lembrando que as tarifas de energia passaram a pesar mais nas despesas. Além da energia solar, a propriedade produz biogás a partir de dejetos de suínos canalizados de uma granja vizinha. O gás alimenta um gerador de energia elétrica conectado aos aviários. A forma como a família conduz as atividades rendeu o prêmio Orgulho da Terra, na categoria aves, da RIC TV, retransmissora da Rede Record no Paraná. “É um orgulho receber esse prêmio porque têm muitos avicultores bons que também poderiam ter ganho”, afirma Dalton. Ele diz que a família procura desenvolver as atividades com planejamento e sustentabilidade. Detlef, bom contador de histórias, lembra que os parentes que vivem na Alemanha ficaram impressionados com a forma como os frangos são tratados. E se diz satisfeito com a atividade e com a parceria com os filhos no negócio. “É uma atividade que se paga e a sociedade funciona muito bem”, resume.

 

RAIO X

Família Ludewig

Município: Maripá (PR)

Área: 50 hectares

Aviários: 8

Frangos: 190 mil

Renda

Frangos: 60%

Grãos: 40%

Funcionários: 4