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Olha Elas: Lugar de mulher é na manutenção

Publicado em 20/07/2021

Rosana é eletricista e Ana Paula mecânica. Diferença delas e de um homem na mesma função: nenhuma

O jaleco branco em corredores e salas de hospitais sinalizam que ali tem uma equipe que zela pela saúde humana. Numa indústria, o uniforme azul transmite esse mesmo sentimento, porém o cuidado começa pelas máquinas e fiações que refletem na prevenção da vida humana. É assim que Rosana da Silva Gomes e Ana Paula Fogaça de Sousa, junto com outros 47 colegas da manutenção são vistos dentro do Abatedouro de Aves da C.Vale.

De maletinhas nas mãos, paramentadas com capacete, luvas, botas e uniforme antichamas elas seguem um protocolo diário de manutenção preventiva de máquinas, painéis e fiações. Os traços femininos por baixo de todos esses EPI’s só são percebidos quando falam. O restante não deixa a desejar para nenhum homem que ocupa a mesma função.

Mulher energizada

Rosana da Silva Gomes é eletricista. Trabalha na indústria desde novembro de 2006. A C.Vale foi seu primeiro emprego com carteira assinada. Começou no chão de fábrica. Passou por vários setores. O encantamento com o universo energizado de fios e máquinas a conduziram  para o curso de Eletromecânica. Em 2017 entrou para equipe como eletricista trainee e desde 2020 foi oficializada na vaga. “Amo o que faço. Quero continuar estudando para ocupar outras funções dentro dessa área”, revela a esposa de Thiago, que também trabalha no abatedouro, como  mecânico.

A mãe das adolescentes Stefany e Hellen diz que a cooperativa não escolhe sexo, cor ou credo para dar oportunidade de crescimento. “Só da minha família somos em cinco trabalhando na indústria. Todos com um único objetivo: crescer com a empresa”.

Médica da automação

Ana Paula Fogaça de Sousa é técnica em automação. Além do curso presencial feito há mais de uma década em Eletromecânica,  é um verdadeiro “rato virtual”. Mal acaba um curso e já emenda com outro.

A rotina de checagem e manutenção de robôs, maquinários e painéis é um aprendizado diário. “É uma área muito dinâmica e inovadora onde o conhecimento faz a diferença na solução do problema”, resume a companheira de Fernanda.

A paulistana que entrou na C.Vale em 2017, diz que o segredo para crescer e prosperar na cooperativa está sustentado em três fatores: força de vontade, estudo e querer. Ela compara sua profissão a de um médico. “A diferença é que no lugar do bisturi usamos chaves de fendas e multimetro”, brinca Ana Paula.

 

 

 

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