PLANO SAFRA: Juros menores, mas nem tanto
Publicado em 14/08/2020
Taxas caíram menos que a dos juros básicos da economia
O governo federal vai destinar R$ 236,3 bilhões ao financiamento da agropecuária para o período 2020/21. O novo Plano Safra, anunciado dia 17 de junho, em Brasília, reduziu os juros de custeio entre 0,25 e dois pontos percentuais. Os recursos para investimentos terão taxas entre um e dois pontos percentuais menores.
A verba para produtores que utilizam o Pronaf cresceu 5,7% e totalizou R$ 33 bilhões. Médios produtores que acessam o Pronamp terão R$ 33,2 bilhões disponíveis, volume 25% superior ao da temporada passada.
O governo federal ampliou em 30% o volume de recursos para o seguro rural, elevando a verba para R$ 1,3 bilhão. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, calcula que este montante permita contratar 298 mil apólices, cobrindo 21 milhões de hectares.
Para aquisição de máquinas e implementos agrícolas pelo Moderfrota o governo destinou R$ 9 bilhões.
O presidente da C.Vale, Alfredo Lang, avaliou o Plano Safra como razoável. “O ideal seria uma redução maior dos juros já que a taxa básica de juros da economia caiu para 2,25% ao ano, mas era o possível para esse momento em que o governo está em dificuldades financeiras devido à pandemia do coronavírus.”
Raio X do Plano Safra 2020/21
Juros para custeio
Linha |
Como era |
Como ficou |
Pronaf |
3 a 4,6% |
2,75 a 4% |
Pronamp |
6% |
5% |
Grandes produtores |
8% |
6% |
Juros para investimento
Moderfrota (máquinas) |
8,5% |
7,5% |
Moderinfra (irrigação) |
8% |
6% |
Moderagro (modernização) |
8% |
6% |